Antigo jogador dos verdes e brancos faz aviso a Rui Borges e acredita que resultado na Luz poderá ter implicâncias na final da Taça de Portugal
Jorge Cadete acredita que o Sporting poderá vencer o dérbi diante do Benfica. Neste Exclusivo Leonino, o antigo médio dos verdes e brancos admite ainda que Hidemasa Morita e Pedro Gonçalves não deverão ser aposta no meio-campo, explicando que, apesar de estarem de regresso, necessitam de mais tempo para recuperar totalmente.
“É assim, em quase toda a história do Sporting, que eu me lembre, só uma vez é que se chegou à penúltima jornada com os dois empatados em pontos e a haver a diferença de golos entre eles e não no geral (veja AQUI alguns cenários idênticos). Mas o Sporting, apesar de ultimamente, e também devido a algumas lesões e alguns jogadores admoestados com cartões amarelos, a poder pôr em risco o jogo decisivo, tem estado um pouco aquém daquilo que já nos mostrou”, refere.
No entanto, Cadete afirma que “normalmente, o que é que acontece no dérbi, por vezes, é a equipa que está a render menos que consegue ser superior”, mostrando-se esperançoso para o encontro no reduto encarnado. “Ainda por cima, jogando na Luz e podendo ganhar o título em casa do rival, é mais um balão de oxigênio e um balão de adrenalina extra e de vitamina para que o Sporting consiga vencer o campeonato, que é o meu desejo”.
Com os regressos de Hidemasa Morita e Pedro Gonçalves, o treinador dos leões ganhou novas opções para o meio-campo. Ainda assim, Cadete está “confiante que seguramente o Rui Borges vai manter a dupla no meio campo que tem jogado ultimamente (Morten Hjulmand e Zeno Debast)”:
“Quem não está por dentro da dinâmica do futebol, das lesões e das recuperações, não tem noção e por vezes acha que um jogador que esteve parado uns meses e voltou a competir pode, ao fim da meia dúzia de semanas, ter condições para dar a melhor performance, mas, só para fazer um aparte, por cada dia – e falo disto porque além de ter durante 20 anos sido a minha carreira, também fiz uma licenciatura em treino desportivo – que um jogador está parado, precisa de quatro dias para voltar à forma que estava antes de fazer a paragem”, explica.
“Então quer dizer que um jogador que para um mês, se formos a fazer as contas, precisa de quatro meses para voltar a estar na forma que tinha antes de se lesionar. E o que acontece muitas das vezes é que esse jogador tenta dar o seu melhor em campo, o treinador põe-no a jogar porque acha que vai acrescentar algo à equipa e depois depara-se com o público a assobiar e, em termos emocionais, pode ser uma grande quebra para um atleta”, admite Cadete, riscando a possível titularidade de Pote e Morita.
Uma vitória no dérbi poderá ditar novo campeão nacional, algo que, para Cadete complicará as contas na Taça de Portugal, caso os encarnados conquistem os três pontos. No entanto, se o Sporting vencer o título, terá vantagem na prova rainha: “É assim, em termos morais é logo outra coisa. Mas também pode haver o reverso, que é a alegria e o relaxamento de se vencer o campeonato, que pode interferir emocionalmente e, mesmo em termos de estratégia pode influenciar negativamente. Mas é assim, como é praticamente separado por duas semanas, três semanas nem tanto, acredito que se o Sporting vencer na Luz, irá vencer também no Jamor”.