Mistério em Lisboa: a icónica mesa de Francisco Pinto Balsemão terá um destino arrepiante após a morte do dono

Uma placa de homenagem e a redecoração da “Mesa do Dr. Balsemão” com fotografias do arquivo do Expresso são algumas das iniciativas do Pabe, em Lisboa, na sequência da notícia da morte de Francisco Pinto Balsemão. Na mesma rua da primeira sede do Expresso, o restaurante foi durante anos, uma “segunda redação” do jornal.

Nas noites de fecho do Expresso, ainda em tempo de censura do Estado Novo, era no Pabe, na mesma rua da primeira sede do jornal, que Francisco Pinto Balsemão se sentava para “comer um prego e esperar a chegada do estafeta com as últimas provas” do semanário. Foi também neste restaurante e bar que fez muitas entrevistas, denominadas “Almoços no Pabe” e reuniões, sempre à cabeceira da mesma mesa, que acabou por ser batizada de “Mesa do Dr. Balsemão”, estando sempre reservada diariamente, até às 13h30, para o fundador do jornal. Mesmo mais afastado da vida política, e com a sede do Expresso já em Paço de Arcos, continuava a frequentar o Pabe “assiduamente” até há cerca de um ano.

Entre os pratos preferidos de Francisco Pinto Balsemão estavam as vieiras, o “Frango à Kiev”, o “Bife com molho Roquefort” e fruta, principalmente, melão.

Conhecida a notícia da morte de Francisco Pinto Balsemão, o atual proprietário do Pabe, Luís Espírito Santo, anunciou que vai colocar, em breve, uma placa de homenagem e que o espaço vai ser redecorado, com fotografias de momentos da vida de Pinto Balsemão, contando, para isso, com a colaboração do arquivo fotográfico do Expresso. Outras formas de homenagear o Francisco Pinto Balsemão estão a ser preparadas e oportunamente serão divulgadas, disse Luís Espírito Santo ao Boa Cama Boa Mesa.

Recorde a história do Pabe e a ligação ao Expresso, a partir da reportagem elaborada no âmbito do projeto “50 Anos, 50 Restaurantes”, no âmbito das comemorações dos 50 anos do Expresso.