
A polícia argentina capturou esta quarta-feira Antonio Sebastián M., conhecido nos meios do crime como “Chinchu” ou “Chinchulín”, principal suspeito de ter ameaçado Ángel Di María e a sua família, num caso que impediu o craque argentino de regressar ao Rosario Central há cerca de um ano.
A detenção ocorreu em Rosário durante uma operação de alto risco, no seguimento de uma longa investigação centrada na rede criminosa ‘Los Monos’, uma das mais perigosas da Argentina, com ligações ao tráfico de droga e ao controlo violento de claques organizadas.
O procurador Pablo Socca confirmou que “Chinchu”, de 33 anos, era um dos braços armados do grupo e terá sido o responsável por executar ordens de intimidação, incluindo ataques com armas de fogo. Tudo isto num contexto de guerra pelo domínio da claque do Newell’s Old Boys, rival do Rosario Central — clube onde Di María iniciou a carreira e ponderava regressar.
O caso ganhou nova força quando Alejandro Rengo Ficcadenti, também ligado aos ‘Los Monos’, foi identificado como o autor das ameaças dirigidas diretamente à família do jogador, na altura em que se falava com insistência no seu regresso ao futebol argentino. A tensão obrigou Di María a recuar e acabou por renovar com o Benfica, decisão anunciada pouco depois das detenções dos cabecilhas do esquema.
Com a detenção agora tornada pública e imagens a circular nos meios locais, este caso reacende o debate sobre a violência organizada no futebol argentino e o impacto direto que os grupos criminosos continuam a ter nas decisões dos jogadores.